A histerossalpingografia é um dos principais exames por imagem que podem ser realizados para investigar as causas de infertilidade relacionadas ao útero ou às trompas, órgãos essenciais para a reprodução humana.
O exame possibilita a análise das condições anatômicas desses órgãos, identificando malformações ou cicatrizes no útero que podem dificultar a implantação do embrião no endométrio, camada interna do útero. Também é possível verificar se as trompas estão pérvias, ou seja, liberadas para a captura do óvulo, transporte e fecundação, ou se essa passagem está bloqueada. Como o exame é realizado mediante a aplicação de contraste, há casos em que o próprio líquido desobstrui as trompas e a mulher consegue engravidar após o exame.
Indicações da histerossalpingografia
A histerossalpingografia é muito indicada para investigar as causas de infertilidade por fator feminino, principalmente se houver suspeita de distúrbios ou doenças no útero ou nas trompas que possam estar dificultando a gravidez, incluindo a obstrução das trompas.
A histerossalpingografia não pode ser feita em mulheres grávidas, em virtude do contraste que é injetado e percorre o útero e as trompas para melhorar a visualização da região. Isso, no entanto, é raro ocorrer, tendo em vista que as mulheres indicadas para fazer o exame geralmente estão com dificuldade de engravidar.
Preparo para o exame
O preparo para a histerossalpingografia não é tão simples quanto o de outros exames e deve ser seguido rigorosamente, pois pode causar complicações mais sérias.
Mulheres grávidas não podem fazer a histerossalpingografia. Para evitar que a mulher esteja grávida durante o exame, ela deve estar entre os dias seis e doze do ciclo menstrual, aproximadamente, ou seja, entre o término da menstruação e o início da ovulação. Sempre que houver suspeita de gravidez, o médico deve ser informado. O exame também não pode ser feito por mulheres com alergia a contrastes iodados.
Outras exigências podem ser:
A mulher também deve informar o médico se ela for portadora de doença inflamatória pélvica (DIP) ou alguma doença sexualmente transmissível (DST).
Como é realizada a histerossalpingografia
A histerossalpingografia é um exame por imagem que utiliza contraste para visualizar o útero e as trompas da mulher. Muitas clínicas, hoje, fazem esse exame com a paciente sedada, já que pode ser dolorido e desconfortável.
Feita a sedação, a mulher fica em posição ginecológica para que o médico, utilizando um cateter, possa injetar o contraste pelo orifício do colo do útero. O líquido, então, preenche o útero e as trompas, caso elas estejam pérvias.
O contraste é importante para o exame porque o raio-X não consegue atravessá-lo, portanto a anatomia do útero e das trompas fica evidente no exame, o que identifica qualquer tipo de distúrbio de anatomia.
Depois que o contraste preencheu os órgãos, são feitas as imagens. O exame dura cerca de 30 minutos.
Resultados
O útero e as trompas podem estar normais ou com alguma alteração. Se estiverem normais, significa que estão anatomicamente preservados e não estão causando o problema de infertilidade da mulher.
Se os resultados indicarem alguma alteração, ela pode ser no útero, nas trompas ou em ambas.
Algumas das alterações ou doenças uterinas podem ser: cavidade uterina dupla, um tipo de malformação, e miomas, pólipos e aderências, entre outras doenças que podem se manifestar nessa região.
As alterações nas trompas podem ser, principalmente, a obstrução desses órgãos, que impede o encontro do óvulo com o espermatozoide para que ocorra a fecundação, ou mudanças anatômicas, causadas por diversas cirurgias ou doenças.
O médico especialista em reprodução assistida é o profissional mais adequado para interpretar os resultados da histerossalpingografia e propor o melhor tratamento.
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