Durante o ciclo menstrual, o hormônio folículo estimulante é produzido pelo organismo feminino para estimular o crescimento de diversos folículos, mas apenas um chega a amadurecer, se romper e liberar o óvulo que pode ou não ser fecundado pelo espermatozoide. Existe uma chance de cerca de 20% por ciclo menstrual de a mulher engravidar durante o seu período fértil e 80% em um ano de tentativas sem o uso de anticoncepcionais.
Muitos casos de infertilidade estão relacionados à anovulação ou a alguma alteração hormonal, para que a mulher possa ovular e não tenha distúrbios hormonais, é realizada a estimulação ovariana.
Quando a mulher ou o casal é infértil e opta por realizar uma técnica de reprodução assistida, como a relação sexual programada, a inseminação artificial (IA) e a fertilização in vitro (FIV), o número de folículos e de óvulos precisa ser maior na FIV. Na relação sexual programada e na IA, os estímulos são para obter 1 ou 2 folículos para não expor a paciente a ter mais chances de gravidez múltipla.
A medicina tem um amplo conhecimento científico a respeito do ciclo menstrual feminino e é possível controlar suas fases mediante a prescrição de hormônios específicos e o acompanhamento por ultrassonografias, o que possibilita que muitos casais inférteis consigam a gravidez.
As técnicas de reprodução assistida foram desenvolvidas pela ciência para oferecer a casais inférteis a possibilidade da maternidade/paternidade. A estimulação ovariana é um procedimento médico realizado para aumentar as chances de fecundação de casais que estão com dificuldades de engravidar, isto é, que estão tentando há mais de um ano e não conseguem levar uma gestação a termo. Segundo a Organização Mundial da Saúde, o casal continua sendo considerado infértil se a mulher engravidar, mas perder o bebê durante a gestação.
Dessa forma, a estimulação ovariana é utilizada em técnicas de reprodução assistida para que a mulher desenvolva mais óvulos, elevando as chances de fecundação, como na FIV.
Durante o ciclo menstrual, o hormônio folículo-estimulante (FSH) é produzido pela glândula pituitária para estimular o crescimento de vários folículos, mas apenas um amadurece e libera o óvulo que está em seu interior. Na estimulação ovariana, o médico especialista em reprodução humana assistida prescreve FSH para a paciente por cerca de 10 dias, o que estimula os ovários a desenvolverem um ou mais folículos, de acordo com a dose utilizada do FSH, isso dependendo da técnica de reprodução assistida a ser utilizada, para que ocorra a fecundação. O crescimento dos folículos é acompanhado pelo médico por meio de ultrassonografias seriadas, realizadas geralmente a cada dois dias, até que os folículos consigam atingir o tamanho ideal para maturação. Nesse estágio, o médico administra o hormônio gonadotrofina coriônica humana (hCG), responsável pela maturação dos óvulos.
Se o casal estiver em relação sexual programada, o médico orienta o casal sobre qual período após a estimulação ovariana é mais propício para manter relações sexuais e aumentar as chances de gravidez. A fecundação ocorre dentro do corpo feminino de maneira natural.
Se a técnica mais indicada para o casal for a inseminação artificial (IA), a mulher passa pela estimulação ovariana e o homem faz, no mesmo dia da inseminação, a coleta do sêmen, que passa pelo preparo seminal antes de ser introduzido no fundo do útero da mulher no período ovulatório.
A fertilização in vitro (FIV) é a técnica de reprodução assistida mais complexa. Após a estimulação ovariana, é feita a punção dos folículos para obtenção dos óvulos em centro cirúrgico com a mulher sob anestesia. Esses óvulos são analisados em laboratório, e os de melhor qualidade são fecundados em laboratório por espermatozoides.
A estimulação ovariana pode provocar a Síndrome da Hiperestimulação Ovariana (SHO), resultado da ação dos hormônios prescritos para a estimulação folicular e indução da ovulação, principalmente o hCG. Outras reações que a estimulação pode provocar são dores abdominais, náuseas, vômitos e diarreia.
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