As mulheres que estão tentando engravidar aguardam ansiosamente os sintomas que indicam o início da gestação, como menstruação atrasada, enjoo, sonolência e sensibilidade nos seios. Porém, a ocorrência de uma gestação anembrionária pode acabar com as expectativas e frustrar o casal.
Isso porque todos os sintomas são confirmados pelo teste de gravidez positivo, mas a mulher não está grávida de verdade. Entenda por que isso acontece no texto que elaboramos.
Primeiro, vamos relembrar como acontece a fecundação e o desenvolvimento do embrião no início da gravidez, para que o conceito de gestação anembrionária possa ser entendido.
O óvulo é fertilizado pelo espermatozoide na tuba uterina, transformando-se em zigoto. O zigoto migra lentamente para a cavidade uterina, enquanto as células se multiplicam para a formação do embrião. Quando chega ao útero, o embrião está na fase de blastocisto, na qual uma parte das células vai dar origem ao embrião propriamente dito, enquanto a outra parte dá origem aos anexos embrionários (placenta, saco gestacional, líquido amniótico).
A gestação anembrionária, também conhecida como gestação anembrionada ou ovo cego, ocorre quando um óvulo fertilizado se implanta no útero, porém não há desenvolvimento do embrião. Isso significa que apenas os anexos embrionários se desenvolvem, com um vazio em seu interior.
O ovo cego implanta-se na parede uterina, que já vinha se preparando para a nidação desde o momento da fecundação. Normalmente, o corpo continua apresentando os sintomas de gravidez até o final do 1º trimestre, quando percebe que não existe embrião crescendo. Nesse momento, o corpo interrompe a gravidez provocando um aborto espontâneo.
Acredita-se que o problema se dá no momento da divisão das células que vão formar as partes distintas. Porém, não há explicação clara de como o evento acontece, sendo considerado como uma falha da natureza. Ela não está relacionada a hereditariedade nem a fatores externos.
Supõe-se que a gestação anembrionária ocorra devido a uma falha genética ou alteração nos cromossomos presentes em algum dos gametas (óvulo ou espermatozoide).
O diagnóstico da gestação anembrionária pode levar algumas semanas para ser realizado, principalmente porque a gestação parece decorrer normalmente nas primeiras semanas. Isso acontece porque a placenta continua se desenvolvendo e produzindo os hormônios da gravidez, responsáveis pelas alterações corporais e principais sintomas.
A ultrassonografia endovaginal é o exame que confirma o diagnóstico, devendo ser realizada após a 6ª semana de gestação. Se houver a suspeita de gravidez anembrionária (quando é identificada a presença de saco embrionário com mais de 15 mm sem a visualização de embrião), o exame é repetido em alguns dias ou semanas.
Outra situação que também pode acontecer é a mulher passar por um aborto espontâneo sem sequer ter percebido os sintomas de gravidez.
Como a gestação anembrionária é considerada uma falha da natureza, não há formas específicas de prevenir a sua ocorrência. Porém, há alguns hábitos indicados para as mulheres que estão tentando engravidar que podem aumentar as chances de conceber, como:
A gestação anembrionária não está relacionada à infertilidade e não impede que, posteriormente, a mulher tenha uma gravidez saudável. Seu maior problema está relacionado às expectativas do casal, que deve ser apoiado pela equipe de saúde que acompanha o caso.
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Eu tive duas gestações seguindas em 1 ano , todas anembrionarias 😔 ningúem me explica pq.
Aline, você já buscou ajuda de um fertileuta ou de uma clínica de reprodução? Um profissional qualificado poderá analisar seu caso e verificar o que pode estar causando essas condições adversas na sua gravidez. O abortamento repetido é um alerta e deve ser investigado.