Fertilidade – Um Projeto de Vida: entenda motivos que impedem casal de ter filhos (parte III)

admin Fertilidade um projeto de vida - parte 3

No programa desse domingo, o Fantástico deu continuidade à série de reportagens sobre fertilidade, cujo objetivo principal é trazer informações importantes a casais que estejam com dificuldades de ter filhos.

Nessa etapa, o assunto abordado foi a fertilização in vitro (FIV), principal técnica de reprodução assistida realizada hoje no mundo, sobretudo em razão de suas altas taxas de sucesso, embora em alguns casos as chances sejam reduzidas por causa de determinadas condições do casal, como a idade da mulher. Depois de muitas tentativas naturais de ter um filho, muitos casais buscam a ajuda da ciência.

Neste texto, vamos apresentar os principais pontos abordados na reportagem. Confira!

Técnicas de reprodução assistida

Desde o primeiro bebê de proveta na Inglaterra, há 40 anos (1978), cerca de 8 milhões de crianças nasceram em virtude do trabalho das clínicas de reprodução assistida. Mas ainda falta uma solução eficaz para o maior problema de infertilidade nos dias de hoje: a idade avançada da mulher.

Por estar falando de taxas de sucesso em casos mais complicados, a FIV é o tratamento mais utilizado por apresentar os índices de sucesso mais expressivo entro todas as outras técnicas.

Na reportagem foi apresentado o passo a passo mais detalhado sobre a técnica.

FIV passo a passo

1 – Estimulação ovariana

A primeira etapa do tratamento de FIV é a estimulação ovariana, feita com a aplicação de hormônios específicos relacionados ao crescimento e desenvolvimento folicular.

Os hormônios podem deixar a mulher mais irritada, mais sensível, mais suscetível, em geral, a diversas sensações e sentimentos. A própria ansiedade do processo de não saber se vai dar certo ou não pode ser um desafio.

Todos os hormônios prescritos pelo especialista em reprodução assistida são necessários para estimular o desenvolvimento do maior número possível de folículos, que é de onde são retirados os óvulos. O importante, no entanto, é a qualidade dos óvulos, não a quantidade.

Veja mais sobre esse assunto em nosso Blog post: Como funciona a estimulação ovariana

2 – Aspiração folicular

A segunda etapa da FIV é a aspiração folicular. A retirada do líquido folicular, que fica no interior dos folículos, é feita com sedação em centro cirúrgico. O médico é guiado por ultrassom para retirar o líquido onde pode conter folículos, este procedimento é realizado com o auxílio de uma agulha muito fina.

Depois da aspiração, é feita a análise do líquido para saber quantos óvulos foram obtidos. O número elevado de óvulos tem um valor inestimável para o tratamento porque aumenta as chances de sucesso.

É importante destacar que, de acordo com a legislação no Brasil, a venda de óvulos é proibida, mas existe a doação compartilhada.

Nessa situação, uma mulher, com idade de até 35 anos, que produz muitos óvulos, pode doar metade para uma outra mulher que também sonha em ser mãe, mas não consegue engravidar com os próprios óvulos.

Na doação compartilhada, se compartilha tanto os óvulos como os custos do tratamento, logo a receptora dos óvulos paga parte ou a totalidade do tratamento de FIV da doadora.

Como todo este procedimento é intermediado por uma clínica de reprodução humana, doadoras e receptoras jamais se conhecem. O anonimato também é uma exigência da legislação Brasileiras.

Dependendo da receptora e do que foi combinado com a clínica de reprodução humana, a doadora dos óvulos arca com os custos de suas próprias medicações.

A doação compartilhada também pode ser realizada por casais homoafetivos femininos e por pessoas solteiras.

Em busca da redução do custo do tratamento algumas mulheres buscam a ajuda do SUS, mas a espera é longa para a mulher que precisa de um óvulo doado. Essa espera pode chegar a mais de 5 anos.

3 – Fecundação

A terceira etapa da FIV é a fecundação em si. Existem duas formas de fazer a fecundação do óvulo pelo espermatozoide. A primeira é a forma clássica, em que óvulos e espermatozoides são colocados em uma placa de cultivo para que fecundem naturalmente. A outra forma é chamada de injeção intracitoplasmática de espermatozoide (ICSI), em que cada espermatozoide é injetado dentro de cada óvulo.

Cerca de 80% dos tratamentos hoje são feitos por ICSI. Nessa técnica, o embriologista escolhe um único e mais saudável espermatozoide, coloca-o numa agulha e o introduz diretamente dentro do óvulo selecionado. A partir desse momento, não há nada que possa ser feito, a não ser esperar.

4 – Cultivo embrionário em laboratório

A quarta etapa da FIV é o cultivo embrionário em laboratório. Durante esse período, podem ser feitos alguns testes com o embrião, como genéticos, que possibilitam identificar doenças genéticas e, em muitos casos, evitá-las.

Depois da fecundação, cada embrião é mantido em uma incubadora, em que o ambiente é o mais parecido possível com o útero da mulher, o que também aumenta as chances de sucesso do tratamento.

5 – Transferência embrionária

A quinta e última etapa da FIV é a transferência embrionária, em que os embriões gerados na etapa de fecundação são transferidos ao útero materno.

O número de embriões que pode ser transferido ao útero depende da idade da mulher que gerou os óvulos fecundados:

   a) mulheres até 35 anos: até 2 embriões;

   b) mulheres entre 36 e 39 anos: até 3 embriões;

   c) mulheres com 40 anos ou mais: até 4 embriões.

Os embriões são transferidos para a cavidade uterina da mulher. A partir desse momento, é aguardar para que o embrião implante no endométrio, camada interna do útero, última etapa para o início da gravidez.

Recomenda-se que a mulher não tenha nenhum impacto durante os dias posteriores à transferência. Depois de 14 dias é feito o teste de gravidez. Durante esses 14 dias, a mulher fica atenta a qualquer alteração em seu corpo que possa indicar o sucesso ou o fracasso da fertilização.

Se o embrião implantar, a mulher estará grávida.

Na semana que vem, o Fantástico vai falar sobre doações de óvulos, sêmen e embriões, técnica também fundamental para que muitos casais possam ter um filho.

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