São diversas as circunstâncias que podem colaborar para que uma gravidez não aconteça; entre elas está a ausência de óvulos saudáveis. Nesses casos, a doação de óvulos é uma ótima alternativa para pessoas que têm o sonho de engravidar.
A população feminina que está em idade mais avançada mulheres com problemas genéticos que podem ser transmitidos aos óvulos ou ainda pessoas solteiras ou casais homoafetivos masculinos são candidatos potenciais a receber uma doação.
Considerando a relevância do assunto, neste artigo explicamos tudo sobre a técnica e as regras no Brasil.
A doação é um procedimento regulamentado no Brasil que oferece a possibilidade a mulheres inférteis de terem seus filhos. Uma mulher saudável cede seus óvulos de forma completamente voluntária e anônima para que sejam fecundados em laboratório pelos espermatozoides do parceiro da receptora. O objetivo é gerar embriões que possam ser transferidos para o útero da mulher infértil e dar início à gravidez.
No Brasil, existem alguns critérios estabelecidos pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) para que esse procedimento seja realizado, como o registro da criança no nome da mulher que a gestou — e não no de quem forneceu o óvulo —, anonimato de ambas as partes e não obtenção de lucro.
No entanto, a mulher que cede seus óvulos pode ser beneficiada pela doação compartilhada, caso esteja em tratamento de reprodução humana. Nessa situação, parte dos custos do tratamento é dividida entre doadora e receptora.
Apesar de não existir um banco de óvulos brasileiro, eles podem ser encontrados congelados em determinadas clínicas de reprodução, que mantêm as células doadas de mulheres que passaram por algum tratamento ou disponíveis para uma doação compartilhada a fresco.
Sobre o procedimento, podemos dividi-lo em alguns passos. São eles:
O primeiro passo para a doação de óvulos é a seleção da doadora voluntária. Essa mulher deve ser jovem — de 18 a 35 anos — saudável e com uma boa reserva de óvulos. Após preencher um formulário, a candidata à doação realiza uma bateria de exames os quais irão validá-la como doadora. Com a validação das informações ela deverá aguardar o contato da clínica com a disponibilidade de uma receptora.
Quando a equipe encontra uma receptora com compatibilidade fenotípica com a doadora, esta mulher é chamada até a clínica e passa por uma nova série de exames para dar início ao tratamento.
Se estiver tudo certo com a doadora, será dado início a um procedimento chamado estimulação ovariana, no qual essa mulher toma medicamentos para estimular o crescimento de um número maior de folículos ovarianos e, consequentemente, de óvulos.
O crescimento dos folículos é acompanhado por ultrassonografias e exames de dosagens hormonais. Quando eles atingem o tamanho adequado, é administrado o hCG, hormônio que provoca o rompimento do folículo e liberação do óvulo.
Antes que a ovulação ocorra de fato, cerca de 35h após a administração do hCG, os óvulos estão prontos para serem coletados. Então, é feita a aspiração folicular, procedimento realizado com a mulher sob anestesia e que retira o líquido folicular — que contêm os óvulos — diretamente dos ovários.
Os óvulos são verificados no laboratório de FIV e, se tiverem boa qualidade, a metade é doada.
Os óvulos são analisados em microscópio e somente os melhores são selecionados, assim como os espermatozoides provenientes de um doador anônimo ou do parceiro da receptora. A sequência do procedimento é equivalente às outras etapas da fertilização in vitro (FIV).
Os embriões serão todos criopreservados e transferidos para as pacientes em um novo ciclo de preparo do endométrio.
Após a criopreservação dos embriões, a receptora irá passar por consultas médicas e realizações de exames a fim de que seja programada a transferência embrionária, com prévia preparação endometrial.
Um óvulo doado pode ser utilizado em ciclos de FIV para mulheres inférteis por alguma razão.
Homens solteiros ou em relação homoafetiva também podem recorrer ao procedimento; nesses casos, é preciso contar também com a cessão temporária de útero ou barriga de aluguel, que deve ser cedida por parentes de até 4º grau, como mãe, filha, avó, irmã, tia, sobrinha ou prima.
Esse procedimento é, portanto, uma maneira de beneficiar pessoas que sonham com uma gravidez, mas que enfrentam algum tipo de obstáculo. Se você está nessa situação, a doação de óvulos é uma ótima escolha!
Por isso, entre em contato conosco agora mesmo e marque uma consulta!
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