Ser mãe é o sonho de muitas mulheres. Porém, para algumas delas, esse sonho pode ser mais difícil de realizar. Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 15% dos casais em todo o mundo têm diagnóstico de infertilidade. Os fatores podem ser tanto de origem feminina quanto masculina, sendo cerca de 30% proveniente de cada gênero e 25% de ambos. Os 15% restantes não apresentam uma causa clara e definida, por isso são chamados de infertilidade sem causa aparente.
Neste artigo veremos como os médicos chegam ao diagnóstico de ISCA e quais são as soluções sugeridas para concretizar o sonho da maternidade para esses casais. Confira!
Quando o casal procura ajuda para engravidar, o especialista em reprodução assistida solicita vários exames, tanto para a mulher como para o homem. Se após a investigação completa nenhuma alteração é encontrada e, mesmo assim, o casal não consegue engravidar, é dado o diagnóstico de ISCA.
Uma vez feito o diagnóstico de ISCA, recomenda-se uma nova investigação repetindo exames ou reavaliando os que já foram feitos. Em muitos casos, os exames podem ter resultados inconclusivos ou alterações podem passar despercebidas mesmo por um profissional competente.
Há que se considerar também algumas doenças e fatores que influenciam na fertilidade do casal cujo diagnóstico ainda é difícil, mesmo com os avanços de tecnologia na área da saúde.
A endometriose é uma doença inflamatória e sua evolução pode levar à infertilidade. Em algumas pacientes, pode demorar muito tempo até que os focos da endometriose tenham um tamanho perceptível aos exames de imagem. Nessas mulheres, a ausência de resultados que apontem a endometriose pode levar ao diagnóstico de ISCA.
Outro fator importante é a qualidade do embrião formado. A avaliação dessa qualidade é feita durante um tratamento de reprodução assistida e considera o seu desenvolvimento e/ou alterações genéticas.
Algumas vezes, o diagnóstico de ISCA se mantém mesmo com investigações mais criteriosas. Nesses casos, o médico deve propor técnicas de reprodução assistida de acordo com as condições do casal, como idade da mulher. Veja algumas possibilidades de solução:
Também conhecida como coito programado, essa técnica é uma das menos complexas. As etapas iniciais são a estimulação ovariana e indução da ovulação. Depois, o casal é orientado a manter relações sexuais com maior frequência no período indicado. Recomenda-se que ela seja realizada no máximo três vezes em mulheres com mais de 35 anos ou reserva ovariana baixa, e até seis vezes em mulheres com menos de 35 anos com reserva ovariana dentro da normalidade. Se a gravidez não ocorrer, outras técnicas de maior complexidade devem ser indicadas.
A inseminação artificial é uma das técnicas mais conhecidas. Inicia-se com a estimulação ovariana e indução da ovulação. No período em que ocorre a ovulação, o sêmen é coletado por masturbação, processado em laboratório e então os espermatozoides capacitados são introduzidos no útero com o auxílio de um cateter. Desse modo, a fecundação acontece dentro do próprio corpo da mulher.
A técnica de fertilização in vitro (FIV) é mais complexa e apresenta maior taxa de sucesso. Suas etapas são: estimulação ovariana e indução da ovulação, coleta dos óvulos e dos espermatozoides, fecundação, cultivo dos embriões em laboratório, criopreservação dos embriões em desenvolvimento e posterior preparo do endométrio para descongelamento e transferência do embrião para o útero. Portanto, se você está tentando engravidar há mais de 12 meses, procure um médico especialista na área de reprodução assistida. Os casos de infertilidade sem causa aparente são pouco frequentes, mas devem ser investigados.
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