Quando falamos em infertilidade masculina, a azoospermia é umas das causas que comparecem com alguma frequência, identificada em cerca de 10 a 20% dos casos. Tal condição é definida pela ausência de espermatozoides em pelo menos duas coletas seminais após centrifugação. Pode ser obstrutiva, quando ligada a bloqueios físicos nos canais do sistema reprodutor masculino capazes de impedir os gametas produzidos nos testículos de se somarem ao líquido seminal, ou não-obstrutiva, quando os testículos sequer parecem produzir espermatozoides. Cada tipo apresenta suas causas distintas e requer seus tratamentos específicos. Em ambos, é necessário avaliar a disponibilidade de espermatozoides, com níveis diferentes de complexidade.
O diagnóstico para os casos de obstrução consiste em uma combinação de história clínica, exames físicos, análise seminal e dosagens séricas de hormônio folículo-estimulante (FSH) e testosterona. Podem ser solicitados também ultrassonografia, biópsia testicular e exames genéticos. Suas causas envolvem, principalmente, vasectomia, infecções, alterações cromossômicas ou traumas pélvicos e genitais. Para esses tipos de azoospermia, a solução pode encontrar palco na intervenção microcirúrgica, sendo os melhores resultados de acordo com o menor tempo de obstrução.
Para os casos em que não são tratáveis, como ausências congênitas de ductos deferentes, a obtenção dos espermatozóides ocorre principalmente pela aspiração percutânea do epidídimo (PESA) combinada com a Injeção Intracitoplasmática de Espermatozóide (ICSI) no procedimento de Fertilização in vitro (FIV), possibilitando alcançar a gravidez.
Já os casos não-obstrutivos, são considerados mais graves. Entre as causas conhecidas, existem doenças adquiridas e congênitas. A abordagem invasiva com técnica cirúrgica de biópsia testicular seguida da análise laboratorial dos espermatozoides coletados, possibilitam o tratamento de FIV com ICSI. Porém, é importante pontuar que na biópsia testicular dos casos não-obstrutivos, as chances de encontrar espermatozóides é em torno de 50% e os resultados no tratamento de FIV não são tão promissores. Portanto, é importante avaliar até que ponto é válido usar o material genético do paciente ou recorrer a um sêmen de banco.
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