A reprodução assistida consiste num conjunto de técnicas destinadas a casais inférteis, homoafetivos ou mulheres solteiras. Trata-se de um ramo da medicina que tem ajudado muitas pessoas a alimentarem o sonho de ter filhos. Em muitos casos, isso não seria possível há alguns atrás. No post de hoje, vamos conhecer os mais comuns entre esses tratamentos.
Para casais inférteis, dependendo do caso, essa é a técnica mais indicada. Em primeiro lugar, a mulher é submetida a sessões de estimulação hormonal para que seus gametas sejam coletados, etapa que dura cerca de doze a quinze dias. Em seguida, em centro cirúrgico com a ajuda de anestesia, a paciente tem seus óvulos coletados por meio de uma agulha acoplada a um ultrassom endovaginal. Os óvulos selecionados serão fecundados, ainda em laboratório, com o espermatozoide de um parceiro ou doador. Os embriões selecionados serão então implantados no útero da paciente. Via de regra, são transferidos ao corpo da mulher entre os dias 3 (D3) e 5 (D5) de seu processo de desenvolvimento celular, também conhecidos como fases de clivagem (D3) e blastocisto (D5). Havendo sucesso, ela estará grávida a partir daí de forma indistinta em relação às mulheres que o fizeram por meio da cópula.
No caso de homens com azoospermia (ausência de espermatozoides no sêmen), hoje é possível realizar uma biópsia nos testículos e encontrar gametas, que poderão ser utilizados em Fertilização in vitro por meio de injeção intracitoplasmática de espermatozoide (ICSI), quando um único gameta masculino é selecionado e inserido diretamente no óvulo.
A principal diferença da Inseminação Artificial em relação à Fertilização in vitro é que ela consiste na aplicação dos espermatozoides diretamente no útero, sendo apenas a amostra de sêmen processada em laboratório. Por ser um pouco mais simples, é indicada para os casos mais brandos. Nesse procedimento, a mulher também precisa ser submetida a uma estimulação hormonal controlada, para incrementar as chances sem correr o risco de gravidez múltipla. Nesse período, o desenvolvimento folicular é acompanhado por ultrassom, e a inseminação é programada para 36 horas após a administração do hormônio que irá induzir a ovulação.
Duas horas antes da inseminação, o sêmen é coletado via masturbação ou o sêmen de banco criopreservado é descongelado, e o preparo é realizado em laboratório para incrementar seu potencial de fecundação. Futuras mães solteiras ou casais de mulheres podem se valer do banco de esperma, com doadores anônimos. Na inseminação, os gametas masculinos são introduzidos no interior do útero por meio de um cateter pelo médico responsável. Após essa intervenção, é o momento de esperar cerca de 15 dias até que seja possível realizar o exame de sangue para verificar se a paciente está grávida.
O Coito Programado é um método baseado no acompanhamento do ciclo menstrual da mulher. Também envolve estimulação ovariana, para incrementar as chances. Tudo acompanhado por um profissional. O monitoramento médico vai determinar o momento mais favoráveis à concepção, e o especialista vai marcar dia e horário em que o casal deve ter relação sexual.
Por fim, faz-se importante entender que é o médico especialista em reprodução que irá indicar o melhor tratamento ao casal, baseando no seu caso clínico. Há muitos fatores que podem contribuir para a infertilidade, e somente uma série de avaliações profissionais e exames é que podem determinar o caminho mais adequado com destino à perpetuação do amor traduzida no sonho de ter filhos.
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