Ao receberem um diagnóstico de infertilidade, os casais, na maioria das vezes, recorrem aos tratamentos mais conhecidos e disponíveis no mercado. Segundo estudos da Organização Mundial da Saúde (OMS), no Brasil, a infertilidade chega a afetar 20% dos casais em idade reprodutiva. A OMS define infertilidade como “a incapacidade de um casal para alcançar a concepção ou levar uma concepção a termo após um ano ou mais de relações sexuais regulares, sem proteção contraceptiva”.
Hoje sabemos que este tempo pré definido deve ser aplicado ao grupo de mulheres com idade inferior à 35 anos. Mulheres com idade superior aos 35 anos que estão tentando engravidar, devem procurar uma orientação após 06 meses de tentativas.
É importante esclarecer que a medicina reprodutiva pode ser dividida em duas esferas: Tratamentos de Baixa Complexidade e Tratamentos de Alta Complexidade. Então, antes de considerar a possibilidade de adotar métodos complexos de reprodução assistida, é importante o médico avaliar todo o histórico do casal e entre as técnicas disponíveis, verificar se enquadram em algum tratamento de baixa complexidade, como a relação sexual programa.
O que é a relação sexual programada?
A relação sexual programada, popularmente chamada de coito programado, é uma forma de induzir a fertilidade da mulher por meio do uso de medicamentos específicos. É um dos métodos mais antigos que existem, e o seu sucesso depende da idade, das condições hormonais e da saúde da mulher.
A técnica é bastante recomendada inicialmente para tratar a infertilidade, por ser pouco invasiva e de baixa complexidade. É indicada geralmente para casais jovens sem uma causa identificada ou com poucas alterações da fertilidade.
Nesses casos, o médico indica a estimulação ovariana, que consiste no crescimento de folículos com posterior indução da ovulação, por meio da administração de medicamentos prescritos pelo médico responsável.
O primeiro passo, no entanto, é fazer todos os exames no casal para verificar a presença de alguma alteração que necessite ser tratada antes de dar início a qualquer técnica de reprodução assistida.
Após a verificação de exames e indicação da relação sexual programada como tratamento, o médico responsável pelo casal irá prescrever a medicação para estimular os ovários a produzirem o crescimento de mais de um folículo, diferente do que ocorre em um ciclo natural, no qual há o desenvolvimento de um a dois folículos. O procedimento de estímulo irá ocorrer pelo uso de hormônio específico, o foliculoestimulante (FSH). Durante o uso do FSH, é feito o acompanhamento da resposta da estimulação ovariana ao hormônio por ultrassonografia em série e dosagem hormonal por cerca de 10 a 12 dias. Simultaneamente ocorre o acompanhamento do desenvolvimento do endométrio.
Quando os folículos alcançarem tamanho ideal para maturação, o médico prescreve outro hormônio, o hCG, que é o responsável pela maturação oocitária e o que irá induzir a ovulação em si. Dessa forma, o casal é orientado a ter relações sexuais com maior frequência nesse período, pois existe um aumento exponencial da possibilidade de fecundação de algum óvulo pelo espermatozoide.
O tratamento dura, em média, 15 dias. Em caso de medicação oral, a ingestão deve acontecer por 5 dias, enquanto o tratamento com injetáveis varia de 8 a 12 dias.
Demora cerca de 1 mês entre o início do tratamento e o resultado, positivo ou negativo. O método pode ser realizado por 6 meses em pacientes até 35 anos e 3 meses em pacientes com 35 anos ou mais, dependendo de como o corpo da mulher reagirá ao estímulo hormonal.
O tratamento é indicado nas seguintes condições:
Contraindicações:
A taxa de sucesso do tratamento é maior em casais mais jovens, porém não é maior que 20%.
Por fim, a melhor maneira de conhecer seu estado de saúde e sua fertilidade é buscar informações sobre procedimentos e possibilidades com profissionais especializados.
Agora que você entende melhor sobre a relação sexual programada, já pode entrar em contato conosco para conhecer os nossos tratamentos.
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