O homem já desenvolveu diversas técnicas de preservação de materiais por congelamento, procedimento também conhecido como criopreservação. Hoje, a mais utilizada e mais eficiente na reprodução assistida é a vitrificação, uma espécie de congelamento ultrarrápido. Ela substitui o congelamento lento, que ainda é utilizado, mas de maneira secundária.
Embriões viáveis resultantes do ciclo de fertilização in vitro são criopreservados e estocados. A UNIFERT tem como protocolo principal a criopreservação de todos os embriões resultantes do tratamento de fertilização in vitro, com a transferência embrionária em ciclo posterior.
A técnica de vitrificação foi padronizada como método de criopreservação para todas as pacientes da UNIFERT a partir de 2009 e desde então a taxa de sobrevivência embrionária após reaquecimento é de 99% com substancial aumento nas taxas de gravidez, comparadas ao congelamento lento e transferências a fresco.
O termo vitrificação está relacionado ao congelamento do embrião em torno de 600 vezes mais rápido comparado ao método de congelamento lento. Este processo ultrarrápido é tão veloz que não permite que exista tempo suficiente para a formação de cristais de gelo intracelular. Como resultado, a vitrificação evita traumas para o embrião e aumenta significativamente a taxa de sobrevivência após reaquecimento. Na maioria dos protocolos de vitrificação utilizados com este intuito, os embriões são expostos a uma solução de volume muito reduzido, com altas concentrações de crioprotetores (5-8 M), por um curto período de tempo e, em seguida, imersos diretamente no nitrogênio líquido (-196°C).
A vitrificação pode ser aplicada na criopreservação de embriões, gametas masculinos (espermatozoides) e gametas femininos (óvulos), para diferentes fins.
A FIV se torna muito mais simples quando o casal dispõe de embriões congelados. Com esse cenário, basta que seja feito um preparo prévio do endométrio com hormônios específicos, como estradiol e progesterona, e depois a transferência.
Para a transferência embrionária, a paciente deverá, em um ciclo posterior à coleta de óvulos, passar pelo preparo endometrial. A transferência embrionária poderá ocorrer em um ciclo natural de preparo endometrial ou após uso de medicação para estimular a linha do útero a atingir o tamanho adequado para receber o embrião descongelado.
No dia da transferência, os embriões a serem transferidos são reaquecidos e permanecem em meio de cultura na incubadora até o momento do procedimento. Por meio de um cateter, os embriões são transferidos para o útero da paciente, sem a necessidade do uso de sedação.
A vitrificação é bem-sucedida em mais de 90% dos procedimentos de congelamento. Assim, a estrutura das células congeladas se mantém íntegra em praticamente todos os casos.
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