A próstata é a glândula sexual masculina que produz o fluído prostático, um dos componentes do sêmen, ao qual se juntam os espermatozoides durante a ejaculação para que seja possível haver a fecundação. A próstata tem aproximadamente 3 ou 4 cm de diâmetro, em formato que lembra uma noz, e faz parte do aparelho reprodutor masculino, ficando próxima da bexiga e do reto.
A prostatite é uma doença que se caracteriza pela inflamação da próstata e atinge, de modo geral, homens adultos. Ela pode ser aguda, crônica bacteriana ou não bacteriana, também conhecida como Síndrome da dor pélvica.
Os sintomas, as causas e as complicações da doença variam de acordo com o tipo da prostatite, portanto a investigação da doença deve ser profunda e detalhada. Somente dessa forma o médico consegue identificar qual o tipo da doença para propor o tratamento mais adequado.
Prostatite aguda
A prostatite aguda se manifesta de modo rápido e é causada por bactérias presentes na uretra ou na bexiga, principalmente a Escherichia coli, que também pode causar infecções urinárias. Dessa forma, a prostatite aguda pode ser decorrente de uma infecção urinária, de uma uretrite causada por DST, como clamídia e gonorreia e de infecção pelo HIV. Ela também pode ser provocada por traumas repetitivos na região ou devido ao uso inadequado de cateter vesical.
Os sintomas, que podem se manifestar de forma muito intensa, são:
O principal exame para o diagnóstico da prostatite aguda é o exame de toque retal, feito após a avaliação médica detalhada do quadro do paciente e dos sintomas, mas outros exames também são importantes. O exame feito para identificar o agente causador da doença é a urocultura, cujos resultados levam por volta de 48h a 72h para ficarem prontos. Já o exame de urina tem as funções de verificar se há piócitos na urina e sangramento microscópico. Por fim, o exame de sangue investiga se houve aumento da dosagem do antígeno prostático específico (PSA), que evidencia um quadro de inflamação na próstata.
O tratamento da prostatite aguda é com antibióticos e dura cerca de um mês. Geralmente, os medicamentos também combatem outras infecções. Esse tratamento leva à melhoria dos sintomas em um curo período de tempo.
Caso o paciente esteja com muita dor, o médico pode prescrever analgésicos.
Prostatite bacteriana crônica
A prostatite aguda evolui para a sua manifestação crônica se não tratada. Essa forma da doença apresenta diferenças em relação à outra. Os sintomas são menos intensos, embora a doença não seja menos grave. O diagnóstico é realizado da mesma forma, com base no toque retal. No entanto, durante o exame de toque, o médico pode fazer a massagem prostática e colher líquidos secretados para análise laboratorial. A urocultura posterior à massagem também serve como base para o diagnóstico da prostatite crônica.
Dependendo do caso, podem ser pedidos exames complementares para verificar a clamídia no sangue.
O tratamento da prostatite geralmente leva mais tempo que o da aguda, já que se trata de uma doença crônica.
Prostatite não bacteriana ou Síndrome da dor pélvica
Nem sempre a próstata é afetada na síndrome da dor pélvica, que provoca sintomas e desconforto na região da pelve.
O médico faz o diagnóstico de síndrome da dor pélvica depois de excluir todas as outras possibilidades, com base no quadro do paciente e em exames. Os sintomas da síndrome da dor pélvica são semelhantes aos da prostatite crônica. No entanto, esse tipo de prostatite também provoca dor na pelve, incômodo anal e nos testículos.
O tratamento da dor pélvica crônica também é feito com antibióticos por aproximadamente um mês.
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