O útero é formado por três camadas: perimétrio (externa), miométrio (intermediária) e endométrio (interna). A endometriose é o crescimento de células do endométrio em locais externos ao útero, como os órgãos da pelve e outras partes do corpo.
A adenomiose é um tipo de endometriose. A doença se caracteriza pelo crescimento de células endometriais no miométrio, que é a camada intermediária do útero. Ela pode ser classificada como local ou difusa, dependendo do seu desenvolvimento. A adenomiose local é a formação de nódulos (adenomiomas) em uma região restrita do útero. Já a adenomiose difusa se desenvolve em diversas regiões do útero.
A adenomiose, assim como a endometriose, pode levar à infertilidade, portanto seu tratamento é importante. A doença também pode prejudicar a gravidez e até mesmo causar uma gravidez ectópica, que se desenvolve fora do útero. Os riscos da gravidez ectópica são altos, inclusive podendo resultar em óbito materno.
Estima-se que mais de 20% das mulheres tenham adenomiose.
Causas
A medicina ainda não conseguiu estabelecer as causas da adenomiose, mas há algumas possibilidades em estudo.
A primeira possibilidade é a de danos causados na região devido a cirurgias, incluindo cesarianas. Ao longo da vida, a mulher pode se submeter a cirurgias de tratamentos diversos e ter seu útero lesionado. Isso, com o passar do tempo, pode provocar a adenomiose.
Outra possibilidade é a doença estar ligada a fatores genéticos ou congênitos relacionados a uma malformação do útero.
Sintomas
Os sintomas mais observados da adenomiose são:
A adenomiose pode provocar a dificuldade da gravidez, principalmente pela dificuldade de implantação, mas ainda não há consenso entre especialistas.
Em alguns casos, a doença pode não apresentar sintomas.
Diagnóstico
Os principais exames para investigar e auxiliar no diagnóstico da adenomiose são a ressonância magnética, a ultrassonografia pélvica e histeroscopia. Alguns sinais no ultrassom indicam a presença da doença, como aumento do útero, cistos no miométrio e adenomiomas.
Tratamentos
Os tratamentos da adenomiose estão relacionados à gravidade e aos sintomas da doença. Depois dos exames, o médico avalia a doença e a melhor forma de tratá-la.
O tratamento pode ser realizado com hormônios para reduzir a sua progressão, como alguns anticoncepcionais com progesterona, e ser complementado com anti-inflamatórios para diminuir a dor e a inflamação.
Em casos mais graves, o médico pode avaliar a necessidade da realização de tratamento cirúrgico. Nessa situação, há duas possibilidades. Se a adenomiose for local, a retirada dos focos da doença pode solucionar o problema. No entanto, se a doença for difusa, em muitos casos é necessária a retirada do órgão. Esse tipo de cirurgia deve ser evitado se a mulher ainda tiver a pretensão de ter filhos ou se houver outras formas de tratamento.
Como a adenomiose tem a tendência de desaparecer depois da menopausa, já que é dependente do estrogênio, como a endometriose, também não se recomenda a retirada do órgão se a mulher já tiver a idade avançada, próxima dos 50 anos.
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