O conhecimento sobre as principais doenças ginecológicas e alterações uterinas é de extrema importância para a população feminina, de forma que as mulheres saibam quando é importante procurar um profissional de saúde para realizar uma investigação mais aprofundada da sua saúde reprodutiva.
Alguns sintomas, como cólicas intensas, dores pélvicas e sangramentos anormais, são comuns a várias dessas doenças, como a endometriose, mioma e adenomiose.
No texto de hoje, falaremos sobre a adenomiose, uma alteração uterina que ainda é pouco conhecida entre as mulheres. Confira!
A adenomiose é uma doença ginecológica caracterizada pela invasão das células endometriais no miométrio. Isso significa que o endométrio, que é o tecido que recobre a parede interna do útero, penetra a camada de músculo uterina, o miométrio.
As glândulas endometriais e o estroma (tecido conjuntivo vascularizado do endométrio) penetram as fibras musculares. A doença pode ser localizada e surgir em apenas uma parte do miométrio ou ser generalizada e estar dispersa por toda a camada muscular do útero.
Pode ser assintomática ou apresentar sinais e alguns sintomas, como cólicas menstruais intensas, sangramentos irregulares e excessivos, aumento do volume uterino, dor pélvica e dor durante a relação sexual.
A infertilidade também está associada à adenomiose. As alterações funcionais e estruturais do útero que ocorrem na doença podem interferir no processo de implantação do embrião.
Ainda não há um consenso sobre os fatores que levam ao surgimento da adenomiose. O que se sabe é que a doença é hormônio-dependente, isto é, está relacionada com a produção de estrogênio. Por isso, é comum que a mulher com adenomiose também apresente outras condições associadas com o hormônio, como mioma e endometriose.
As outras hipóteses do surgimento da adenomiose são:
Outros fatores descritos que contribuem para que a doença apareça são: menarca precoce, ciclos menstruais curtos, mais de uma gravidez durante a vida, cirurgias e curetagem uterina.
Inicialmente, o médico realiza uma entrevista para coletar dados da mulher e dos sintomas e um exame físico. O primeiro exame a ser solicitado é a ultrassonografia transvaginal, que identifica as condições gerais do útero.
Para fechar o diagnóstico de adenomiose, o ideal é solicitar a ressonância magnética, que permite a identificação de irregularidades na zona juncional (zona entre o endométrio e o miométrio) e do miométrio difusamente heterogêneo.
O tratamento para a adenomiose é determinado de acordo com as características de cada mulher, a gravidade do problema, a idade e o desejo de engravidar. São prescritos analgésicos e anti-inflamatórios para o alívio dos sintomas.
As pílulas anticoncepcionais contínuas ou o DIU Mirena podem ser indicados para a suspensão da menstruação, o que também traz alívio dos sintomas.
Se a mulher não responder bem ao tratamento medicamentoso, tiver acometimento extenso do útero e não desejar ter filhos, a retirada do útero pode ser o tratamento indicado.
Apesar de não ser uma doença muita conhecida, a adenomiose é uma condição relativamente comum e que pode prejudicar a qualidade de vida. Por isso, é importante observar todas as informações descritas e procurar a ajuda de um médico caso os sintomas estejam presentes em você.
Agora que você já aprendeu sobre a adenomiose, que tal se informar mais sobre outras doenças ginecológicas? Não perca o nosso post sobre ovários policísticos!
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