Se você está tentando engravidar e encontrou dificuldades, saiba que diversos são os fatores que podem afetar a fertilidade feminina. Um dos mais conhecidos é a idade, uma vez que, à medida que as mulheres envelhecem, as chances de engravidar diminuem consideravelmente. Contudo, esse é apenas um.
Existem vários hábitos sobre os quais falaremos agora que podem prejudicar a fertilidade. Continue a leitura e descubra quais são esses fatores e se algum deles pode estar afetando a sua fertilidade!
A tireoide é uma glândula de extrema importância localizada no pescoço. É responsável pela produção de hormônios que interferem no metabolismo e consequentemente na saúde reprodutiva da mulher. Um desequilíbrio pode resultar em menores taxas de concepção, aumento dos riscos de hemorragias e transtornos durante a gravidez e o parto.
O hipertireoidismo consiste na hiperatividade da tireoide, interferindo diretamente no aumento do metabolismo e na fertilidade, uma vez que é capaz de desregular os ciclos menstruais, podendo interferir diretamente na ovulação.
O hipotireoidismo é caracterizado pela diminuição dos níveis hormonais (hormônio T3 e T4) e aumento do hormônio TSH. A baixa no hormônio T4 pode elevar o nível de prolactina, o que impede que a ovulação aconteça. Alterações brandas no T4 livre podem ser causa de abortos de repetição e dificuldade em perder peso, além de influenciar na fase lútea, levando à dificuldade do desenvolvimento do endométrio, com consequentes problemas na implantação embrionária.
Apesar das desordens desencadeadas pela tireoide, ainda é possível engravidar, mesmo apresentando esses quadros descritos.
Os produtos químicos e pesticidas estão cada vez mais presentes na alimentação e no dia a dia. Podemos listar como os fatores mais agressivos e de alto impacto na saúde reprodutiva o uso de alimentos e/ou produtos industrializados e o contato e ingestão de agrotóxicos.
Alimentos industrializados são constituídos por diversos produtos químicos que com a ingestão desencadeiam reações inflamatórias que prejudicam diretamente nos fatores e ligação de hormônios sexuais, prejudicando assim a fertilidade.
O contato com agrotóxicos interfere de forma direta na produção dos gametas, podendo levar à falência da produção.
É necessário sempre estar atento à alimentação e ao contato com produtos químicos e o uso de pesticidas.
Este é outro problema que pode afetar consideravelmente a fertilidade feminina: o sedentarismo. De acordo com uma pesquisa do IBGE, 62,1% dos brasileiros não praticam esportes depois dos 15 anos.
Esse é um número bastante preocupante, já que a falta de exercícios físicos prejudica potencialmente a saúde, deixando o sistema imunológico em baixa. Mesmo que indiretamente, o sedentarismo influencia a fertilidade feminina.
Isso porque os exercícios físicos ajudam no controle tanto do açúcar no sangue quanto da pressão arterial, fatores que, quando estão em desequilíbrio, prejudicam a saúde da mulher.
Para uma vida melhor e mais saudável, a prática de exercícios físicos é essencial, uma vez que ela é fundamental para o equilíbrio metabólico e hormonal. A manutenção de um peso ideal para altura – Índice de Massa Corporal (IMC) – influencia na liberação de hormônios que interferem no ciclo menstrual e na ovulação.
Com uma melhora nas condições físicas, o desejo por ser alimentar melhor se torna frequente, o que tende só a influenciar positivamente na fertilidade da mulher, uma vez que a alimentação é um dos fatores importantes para a fertilidade.
A atividade física moderada está associada com um tempo menor para alcançar a gravidez. Uma mulher com sobrepeso, ao perder ao menos 5% da gordura corporal, já verá diferença em sua fertilidade. Porém, quando a atividade física é de forte intensidade, geralmente nos casos de atletas profissionais, é possível verificar a subfertilidade devido principalmente ao bloqueio do eixo hipófise-ovário. Dessa forma, essas mulheres podem deixar de ovular, o que dificultará conseguir engravidar.
Portanto, a atividade física em conjunto com uma alimentação saudável e livre de produtos químicos é essencial para a mulher na idade reprodutiva atingir a gravidez.
Eis outro aspecto importante e que também pode ser controlado, em alguns casos, por meio da prática de atividades físicas: a obesidade. O acúmulo de tecido adiposo pode prejudicar diretamente o ciclo menstrual devido à desregulação hormonal e ainda aumentar as chances de a mulher desenvolver ovários policísticos, outro problema que atrapalha a fertilidade.
O excesso de peso (IMC>25 kg/m²) também está intimamente associado a uma maior taxa de abortamento, redução da eficácia no tratamento da infertilidade e maior risco durante a gestação.
O fumo e o consumo de bebidas alcoólicas podem prejudicar a saúde da mulher de diversas formas. Esses péssimos hábitos diminuem as taxas de fecundidade (número de filhos que a mulher pode ter até o fim da sua vida reprodutiva), o índice de fertilidade e ainda aumenta o tempo para que ocorra a concepção.
Dessa forma, engravidar fica cada vez mais difícil. Além de todos esses prejuízos, as substâncias presentes no cigarro podem provocar falência dos ovários de forma precoce. A qualidade dos óvulos também é prejudicada, pois podem ocorrer alterações no DNA da célula, entre outros sérios problemas.
Como você pode ver, a fertilidade feminina pode ser afetada de diversas formas. Porém, muitas delas podem ser controladas com mudanças de hábitos. Para aquelas pessoas que nunca o fizeram, não é simples deixar de fumar, de ingerir bebidas alcoólicas, mudar a alimentação ou iniciar uma prática de atividade física. Mas, se você tem o sonho de ser mãe, em algumas situações, é importante fazer mudanças no cotidiano.
Agora você pode estar se perguntando: como saber se sou infértil? Aproveite que está por aqui e entenda mais sobre o assunto com este outro post sobre principais sinais de infertilidade!
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