Aborto de repetição

admin Aborto de Repetição

A interrupção involuntária da gravidez, com ocorrência de três abortamentos espontâneos e consecutivos em gestações com comprovação clínica, é conhecida como Aborto de Repetição. Uma experiência que pode ser muito frustrante para os casais que desejam realizar o sonho de ser pais e pode levar à quadros de depressão e ansiedade. 

Embora exista uma associação entre aborto de repetição com diversos fatores clínicos, é demonstrado que aproximadamente metade das pacientes permanecem sem diagnóstico etiológico após uma investigação completa, constituindo um aborto de repetição sem causa aparente.

Para a investigação do motivo do aborto de repetição, é necessário uma análise detalhada do casal antes de terem engravidado para que seja formulada as intervenções pertinentes de cada caso, bem como o planejamento da próxima gestação com mais segurança.

Alguns exames podem ser realizados para esclarecer suspeitas clínicas:

Alterações cromossômicas e genéticas: configuradas principalmente por anomalias cromossômicas fetais, é a principal causa dos abortos espontâneos isolados. Podem ser identificadas através do exame cariótipo do produto de aborto. Apesar de muito frequentes, também é comum que as alterações ocorram ao acaso, sem que os pais tenham alterações cromossômicas. No caso de casais que passam por abortos de repetição é recomendado o Teste Genético Pré-Implantacional Aneuploidias (PGT-a) num ciclo de Fertilização in vitro (FIV), para investigar possíveis alterações genéticas no embrião.

Alterações anatômicas: alterações uterinas congênitas ou adquiridas, como sinéquias, pólipos endometriais ou miomas submucosos podem levar ao aborto por causa do comprometimento uterino. No caso de mulheres que passam por aborto de repetição, é necessário o exame da cavidade uterina através da ultrassonografia transvaginal, exames como histerossalpingografia, histeroscopia, entre outros que também podem ser solicitados. 

Fatores imunológicos: doenças autoimunes como lúpus eritematosos sistêmico (LES) e síndrome antifosfolípide (SAF), sendo está última responsável por 15% a 20% dos abortos de repetição, devem ser investigadas também para possíveis estratégias. 

Trombofilias hereditárias: constituem em um grupo de alterações em genes que codificam para cascata de coagulação e o portador dessas alterações têm um risco aumentado para tromboembolismo venoso. Porém, estudos recomendam a pesquisa de trombofilia hereditárias apenas em pacientes com antecedentes de tromboembolismo venosos e pacientes com abortamento tardio.

Além dos itens acima de investigação, há alterações endócrina ou metabólicas como diabetes, disfunção na tireóide, entre outras que podem estar associados ao aborto de repetição. 

Seja qual for a causa, reforçamos que é sempre fundamental o auxílio de um profissional de confiança para ajudar a investigar e tratar os problemas ligados ao aborto de repetição. Além disso, o acompanhamento psicológico para enfrentar a situação é importante. Não deixe de procurar ajuda!

Se você ainda tem dúvidas ou sugestões, não esqueça de deixar aqui no texto o seu comentário. 

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